O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Confecção e de Vestuário de Guarulhos (Sindvestuarios) iniciou na última quinta-feira (22) um mutirão que deve passar por todas as empresas de sua base, nas 12 cidades que compõem a sua base territorial.
Com a ação, os dirigentes procuram fazer contato direto com os trabalhadores que representam, e, assim, mostrar o trabalho desenvolvido pelo sindicato, além de entregar notificações, fazer convocações para assembleia, sindicalizar trabalhadores e buscar fraudes contra os direitos da categoria.
Três meses após entrar em vigor a reforma Trabalhista, o Sindvestuario, após avaliação dos seus diretores, chegou à conclusão que muitas empresas estavam se aproveitando dela para praticar algumas ilegalidades, como trabalho em oficinas ilegais, homologação fora do sindicato, e o mais grave, atacando a liberdade sindical dos trabalhadores. Outras fraudes contra as leis trabalhistas também estão sendo averiguadas durante o mutirão.
Em um momento no qual as entidades sindicais estão sendo atacadas pelas mídias tradicionais, a presidente do sindicato, Marcia Egea, vê como importante esta aproximação com a base.
“Com a atuação situação, é importante que a gente mostre que estamos ativos, pois se não formos para cima, as entidades sindicais vão acabar. Estamos levando os boletins do sindicato, falando das conquistas de 2017, que por sinal foi um ano de negociações complicadas. Importante mostrar que estamos sempre presentes e sempre à disposição”, falou Marcia.
Para o secretário-geral do Sindvestuario de Guarulhos, Alvaro Egea, o movimento sindical precisa se reinventar e promover uma comunicação direta com o trabalhador.
“É uma atuação muito importante. O trabalhador se sente mais confiante, pois ele precisa desta pressão do sindicato na porta da fábrica. Já a equipe de oito pessoas, que está participando do mutirão, fica mais confiante, com moral elevada e com a sensação de dever cumprido muito grande, e isso é tudo que a gente precisa, afinal esta é nossa função, estar junto com a base e passar informação do sindicato. Precisamos ganhar esta batalha de informação, a mídia tradicional tem outros interesses”, explicou Egea, que também é secretário-geral da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).
De acordo com o dirigente, a base tem recebido muito bem os dirigentes em seus locais de trabalho. Segundo ele, cerca de 10 mil trabalhadores devem receber a visita do sindicato, em aproximadamente 300 empresas de cidades como Arujá, Caieiras, Cajamar, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Igaratá, Itaquaquecetuba, Mairiporã, Nazaré Paulista, Santa Izabel e Guarulhos.
Fonte: Site CSB