O 13° salário, pagamento adicional concedido aos trabalhadores no final do ano, representa uma vitória histórica para a classe trabalhadora brasileira. A origem desse direito remonta a um período de intensa mobilização sindical, que teve início ainda na década de 1950 e culminou em conquistas significativas em 1962.
Durante aproximadamente oito anos, os sindicatos dos trabalhadores, especialmente os de categorias como os metalúrgicos e os têxteis de São Paulo, lideraram uma luta árdua pelo que então era conhecido como “Abono de Natal”.
Em 13 de dezembro de 1961, a mobilização dos trabalhadores chegou ao ápice com uma greve histórica, impulsionada principalmente pelos sindicatos dos metalúrgicos e dos têxteis de São Paulo. A paralisação foi um movimento coletivo que pressionou o governo e chamou atenção para a necessidade de assegurar um pagamento adicional no final do ano, que se destinaria a auxiliar os trabalhadores e suas famílias a enfrentarem as despesas típicas do período natalino.
A pressão gerada por essa mobilização sindical e pela greve desempenhou um papel decisivo na criação do 13° salário, que se tornou lei em 1962. Desde então, ele se consolidou como um adicional obrigatório pago ao trabalhador em duas parcelas: a primeira até o dia 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro, garantindo uma fonte extra de renda que, ainda hoje, é aguardada com expectativa no final de cada ano.
A conquista do 13° salário é, portanto, um marco da organização e da força coletiva dos trabalhadores, que se mobilizaram durante quase uma década para garantir melhores condições de vida e trabalho.
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